É sabido que a Tupy, multinacional joinvilense, com plantas também no México e Portugal, é uma das grandes exportadoras brasileiras, estando presente em 40 países. Do total fabricado na unidade brasileira Brasil, 14% são exportados para os Estados Unidos.
Com as sobretaxas impostas pelo governo Trump às importações brasileiras, a pergunta que fica é: Em que medida isso está de fato afetando a empresa?
Em entrevista à Bloomberg Línea, Rafael Lucchesi, CEO da Tupy, afirma que a flexibilidade das operações da companhia deve contribuir para o reordenamento das capacidades de produção da empresa, de modo que as tarifas de Trump não devem prejudicar o resultado da Tupy em 2025.
Estamos com um pacote de ações no sentido de defender os interesses dos nossos clientes e, dessa forma, o interesse dos consumidores norte-americanos e brasileiros” (Rafael Lucchesi, CEO da Tupy)
Ainda de acordo com o executivo, os estoques atuais da Tupy nos Estados Unidos são suficientes para atender a dez semanas de produção.
Para 2026, estamos fazendo ajustes de reordenamento de plantas. Também estamos trabalhando em todas as frentes institucionais” (Rafael Lucchesi, CEO da Tupy)
Segundo dito por Lucchesi à Bloomberg Línea, o trabalho inclui diálogos com interlocutores do governo brasileiro em Brasília e grupos empresariais, como a CNI – Confederação Nacional da Indústria e a Amcham – Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
Sobre a possibilidade de transferir parte da produção brasileira para o México, que já destina uma parcela de sua produção (9%) para os Estados Unidos, o CEO afirmou:
Joinville é uma potência da nossa indústria. Tem um grande parque industrial. Nós vendemos para 40 países. Não está colocado no horizonte reduzir o apetite que nós temos na produção brasileira” (Rafael Lucchesi, CEO da Tupy)

Fonte: Bloomberg Línea. Clique aqui para ler a matéria completa. |