Segundo boletim divulgado pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, o setor registrou crescimento de 1,7% na comparação interanual. Nos primeiros seis meses de 2025, 1,27 milhão de tonelada de fundidos foi produzida internamente, contra 1,25 milhão t em 2024.

No entanto, em junho o setor voltou a registrar retração em relação ao mês imediatamente anterior, isto é, maio; no caso de -4,3% (o equivalente a 9.373 t). O mesmo aconteceu em abril último, quando a produção do setor caiu 2,9% (ou 6.441) em relação a março.
Ou seja, em junho tivemos a maior queda de produção de fundidos no ano, no comparativo mês a mês, o que expõe a apreensão do Brasil ao “efeito dominó” das sobretaxas impostas pelos Estados Unidos.
Em conversas com profissionais do setor, o Portal Fundição em Foco teve acesso a informações sobre o adiamento de investimentos que já estavam no radar de fundições e fornecedores, justamente pela cautela que o momento exige.
Balança comercial
O mercado interno é tradicionalmente responsável pela maior demanda da indústria brasileira de fundição. Neste 1º semestre, não foi diferente.
No acumulado de janeiro a junho, o consumo interno de fundidos foi de 1.114.808 t, contra 1.086.563 t no 1º semestre de 2024. Ou seja, houve um avanço de 2,6%; 0,9 pontos percentuais a mais do que o crescimento da produção do setor em si.
Na contramão, as exportações caíram. De acordo com a ABIFA, 153.285 t foram exportadas no último semestre, ante 160.799 t em 2024, de onde chegamos a uma retração de 4,7% dos embarques de fundidos nos primeiros seis meses de 2025, no comparativo interanual.

Por questões cambiais, entre outras, as exportações de fundidos caíram 2,3% em valores no comparativo 1S25/24, de acordo com a entidade.
Agora é aguardar os efeitos que as tarifas de Trump surtirão à indústria brasileira em geral, o que repercutirá da indústria de base, a exemplo da fundição, ao consumidor final.
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição